segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Agora Dobra!


A brincadeira era assim: a pessoa escrevia uma frase numa folha de papel e dobrava de modo que ela não pudesse ser lida pelo próximo.

A única coisa que saberíamos a respeito das palavras ali contidas era a última a ser posta no papel - depois de dobrar, era necessário escrevê-la na nova folha em branco para que quem recebesse o papel pudesse começar sua própria frase com a palavra alheia.


Segunda frase escrita, era a vez de dobrar o papel, escrever a última palavra e então entregar para uma outra pessoa (ou para a mesma, caso não houvesse muitos participantes interessados nesse momento de criação conjunta desproposital).

No fim, o resultado eram histórias sem pé nem cabeça, mas engraçadas - ou não.

Às vezes dava tudo errado. Nada com nada pode, realmente, chegar em nada. E aí perdia a graça, as pessoas jogavam o papel de lado (ou faziam aviãozinho, picadinho, confete, bolinha...só não reciclavam porque não era época de aquecimento global e preocupação extrema ambiental) ou trocavam pelo jogo-da-velha.

Se tela de computador pudesse ser dobrada, daria para fazer isso.

Se a curiosidade não existisse, eu insistiria nessa brincadeira com a única condição que seria não ler o que o outro escreveu, restringindo-se a última palavra apenas.

Mas não dá.

Por isso tem horas que o bom e velho papel cumpre sua missão mil vezes melhor do que essa tela que daqui a um clique não existe mais.

2 comentários:

Anônimo disse...

nossa, era animal fazer isso! a gente fazia no colégio às vezes com a sala inteira...
e um jogo que a gente fez com o fernando de literatura... era algo assim, não era? eu lembro que foi muito louco também!

quanto ao papel, concordo plenamente
aliás, por que um blog e não um jornalzinho hein doralice?
Explique-se!

Renata disse...

sabe de uma coisa?Achei seu comentário ótimo no meu blog, mas muito melhor que meu texto!
e sabe de outra coisa?Seus textos são ótimos e você está seguindo o rumo certo!
Bom, eu não dito destinos, mas não veria um melhor pra você, senão uma jornalista.
E das boas.