quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Roteiros: Parc Güell

Entrada do Parc Güell em um dia ensolarado: prepare-se para a multidão
Para conhecer bem as características de Gaudí, basta visitar o Parc Güell. Nele, você terá um resumo de tudo o que é significativo para as obras deste arquiteto. Verá formas orgânicas, materiais reutilizados, referências ao catalanismo, ao catoliscismo e até à mitologia.

A melhor parada de metrô é a Lesseps, onde eu morava. De lá, você tem que pegar a Traversera de Dalt (fica na diagonal superior, cruzando a praça a partir da saída) e andar sempre na mão esquerda. Siga as plaquinhas, suba umas escadas rolantes e tcharan! Em 10 minutos, chegará ao tão falado Parc Güell.

É uma loucura de mosaicos, formas e cores - e de turistas também, porque ele (adivinhe!) está SEMPRE LOTADO. Como é a única obra de Gaudí que se pode entrar sem pagar, já viu, né? Dê uma explorada pelo parque, vale a pena. E se conseguir acertar na trilha e chegar até uma Cruz, terá uma vista 360º incrível de Barcelona.

Detalhe das xícaras
Durante o passeio, é possível perceber diversas características de Gaudí que se repetem em seus monumentos. Uma delas é a reutilização de objetos, como vidros e azulejos. No topo de uma das torres do parque, repare que foram usadas xícaras (foto acima). Já a orelha do tão famoso lagarto* não passa de um fundo de garrafa:

Símbolo de Barcelona

O uso de pedras sobre pedras, sem cimento, demonstra o imenso cuidado do arquiteto durante seu projeto. Tudo é meticulosamente calculado, e os detalhes surpreendem.

Pedra sobre pedra e... Tcharán! Uma mulher.
Originalmente, o parque seria um condomínio com inúmeras casas, já que a região alta e repleta de verde possibilitaria o ar mais puro de Barcelona para os ricos moradores. No entanto, o projeto encomendado pelo industrial Eusébi Güell, não saiu do papel: e apenas duas foram finalizadas. Em uma delas, Gaudí viveu por 20 anos:

Casa do Gaudí

Simples, ela demonstra o acetismo e o lado devoto de Gaudí. É possível visitá-la pagando 5,5 euros (a inteira) ou 4,5 euros, para estudantes. Dentro, você não verá um mobiliário e objetos rebuscados. Somente o essencial.
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*Por ser outro símbolo de Barcelona, reproduzido em forma de imãs e chaveiros, ele é motivo de luta entre os visitantes do parque. Todos anseiam uma foto com o animal, que teve que ser restaurado do ano passado, segundo uma amiga catalã.

[O mosaico do fundo do blog é um detalhe de lá]