Te pega desprevinida,
te molha inteira,
sem pudores.
deixa um riso no rosto
uma corrida no pé.
Envolve ele, você, ela, a outra, aquele,
de uma só vez.
Não distingüe: cai em todos.
Sem preconceitos.
Iguala o rico e o pobre,
o feio e o bonitão.
Estraga a chapinha da menina,
deixa tudo ao natural.
Expõe a pele embaixo de roupa branca.
Faz abrir
os guarda-chuvas.
Alaga.
Inunda.
E nunca
é mala.
Afoga.
Chove.
6 comentários:
eu sempre achei a chuva uma poesia... :)
achou a inspiração nas chuvas paulistanas, Lice?
parece que o mundo tá se acabando em água por aí...
e, do mesmo jeito, é o lugar em que eu queria estar ;)
saudades!!
ps:ai, tenho péssimas notícias pra vc... hahaha
Um dos momentos mais felizes da minha vida foi debaixo da chuva.
E em cima de uma bicicleta.
lembrei de um outro versinho (esqueci o resto do poema) sobre chuva.
"Chove, o céu dorme."
qualquer hora lembro do poema inteiro, mas esse seu é bem mais divertidinho (talvez porque seja bem mais divertido tomar chuva na rua do que vê-la da janela de casa)
Belo blog! parabéns! adorei várias coisas que você escreveu!
grande beijo
A chuva é uma delícia de sentir. Sentir o que ela causa na pele, a emoção, o desarrumado, o natural, o refresco. Sentir a vida.
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